terça-feira, 2 de julho de 2019

#48 - pequenas lutas e conquistas

Tenho andado à imenso tempo a pensar nisto, mas esta semana em particular bateu-me mesmo em cheio.
Trabalho desde os 18. Estava a acabar o 12° e decidi que tinha de arranjar um part-time e assim do nada arranjei. Foi das melhores escolhas da minha vida, repetiria-la vezes sem conta. Gozem, gozem a vontade onde comecei, mas foi lá que encontrei montes de pessoas incríveis. Aprendi muito lá. 
Eu acho que tinha a noção do que é o trabalho, mas após entrar lá apercebi-me da real, de como têm de ser as coisas. Feitas e para andar.
Conheci montes de gente la em 1 ano e 9 meses, e de todas as idades, "generos e feitios" e sobretudo maneiras diferentes de agir e pensar. Sinceramente a minha experiência lá foi de todo melhor que os meus 3 anos de secundário. Isto porque a escola nao era boa, e as pessoas que me acompanharam eram horríveis. E eu tive os melhores comigo no ciclo e depois do 1° trabalho.
Cresci. Comecei a ganhar mais à vontade, fiquei mais extrovertida (eu era muito, demasiado até fechada. acho parte de mim ainda é e sempre vai ser), ganhei mais auto-estima e confiança com o lidar de outras pessoas, inclusive clientes. Ainda tenho saudades às vezes, e outras vezes ainda sonho que volto. Não é que queira voltar, porque as pessoas que conheci já lá nao estao,  nem o trabalho em si seja para a vida, nomeadamente a minha. Mas sinto saudades das risadas, brincadeiras, saídas com eles.
A verdade é: guardo-os a todos com muito carinho, mas sei que só  2/3 deles seraopara a vida. Inclusive (outra vez esta palavra) o meu amor, que o encontrei por lá. 
A necessidade de sair chegou. Fui para outro sitio (3 part-times nesta reta ate a atualidade) onde eramos bem menos a trabalhar. Claro que nunca ia ser o mesmo. Não foi o melhor do mundo, mas deu para desenrascar.
Novamente troca de trabalho. Legalmente ia so para o 2° trabalho (com contrato). 1 ano lá. Foi bom sim. Mas cansava. Muitas trocas de turnos e problemas digamos que internos. Conheci gente que gostei la. Muitos deles eram clientes. Mas sei que aquilo também me ensinou muito. Talvez voltasse para lá, não sei. Passou-me muita coisa. Noutras alturas nada. Eu cansei-me, a minha vida berrava para algum sossego. Nao tinha fds livres (again), e isso a longo prazo cansa demais. E, ya, eu adorei trabalhar com muita gente, e la era sempre sozinha praticamente. Bota e vira.
3° emprego legalizado (deixei de vez os outros).
Muitas pessoas! Novamente agitação e felicidade. Talvez um pouco de medo, mas um medo daqueles bons.
Mais uma vez pessoas de muitas idades, mas desta vez maioritariamente mulheres. 98%, sem exageros.
Toda a gente sabe que mulheres são difíceis. Então quando juntam assim em tão grande quantidade, claro que vai haver choque. Claro que todas querem ser as melhores. E há que ter paciência e calma.
A experiência está a ser boa. Mas, no entanto, acho que nao passa disso: de uma experiência. 
Sei perfeitamente que não vai ser um trabalho para a vida. Com certeza levarei muitas pessoas comigo, quando esse dia chegar. Mas para já, resta esperar e trabalhar, trabalhar, trabalhar. 
Há uma questão que se coloca depois disto tudo... Qual será o trabalho final? Melhor dizendo, quando chegará o emprego final? 
Sei que quero mais. É impressionante, mas sim, contínuo a querer sempre mais. Longe ou perto, irá acontecer. Não tenho medo disso, do futuro que está por vir. Mas a tela está em branco, e a grande plano nao vejo nada. Ainda!
Nunca desistir. Lutar sempre. Manter sempre os bons por perto, para que a força nunca seja perdida.
Estou bem. Melhor que em muitas das situações que já passei. Pode-se dizer que estou feliz, mas é preciso um pouquinho mais de felicidade. Aos poucos vou conseguindo-a, devagar, devagarinho.
Never give up.
(21nov2018)

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