quinta-feira, 10 de novembro de 2016

#35 - 29 set 2016 - Sentimentos a flor da pele

Eu não desapareci, não. Eu apenas me escondi na penumbra da noite, da solidão e do medo.
Sempre soube que o mundo é enorme, que ca vivem todo o tipo de seres, possíveis e imaginários, e que somos biliões de pessoas a ocupar este sítio. Sei também que muitos querem ser maiores que outros, que gostam de ter poder, que querem tudo e querem mandar em toda a gente. Mas comigo, no meu caso, as coisas são diferentes.
Eu não quero mandar em ninguém, não quero pisar nem deixar ninguém para trás, pelo contrário. Eu quero todos os meus do meu lado, (todos aqueles que me importam, obviamente),  mais perto de mim possível. Quero ver e acompanhar todas as vivências de todos os "meus".
Mas neste momento as coisas não podem ser como quero. O mundo da voltas e voltas e leva-nos quem nos mais gostamos, por mais que lutemos para que isso não aconteça. E sinto-me só. Rodeada de tanta gente e de tanta coisa, mas ao mesmo tempo tão só.
Devia provavelmente sentir-me feliz. Tenho um trabalho (não o melhor de todos, mas isso estou a tentar melhorar), tenho uma família incrível (é impossível pedir melhor), tenho amigos incríveis (que também não poderia pedir melhor, mas poderia pedir mais esforço para estarmos juntos e termos mais historias para contar), e não, não tenho tudo o que quero na vida, mas isso há que lutar, certo? Sempre.
Mas é o que sinto, uma grande solidão a apoderar-se de mim, e isso leva-me também a sentir-me deprimida, mas não em depressão. Então agarro-me ao que vou sentindo que tenho. Seja ele pouco ou muito.
Não querendo menosprezar o meu boy, que é fantástico comigo, mas sim, também ele me parece demasiado distante.
Se calhar é do tempo, é do cansaço a longo prazo, de não poder ter as coisas um pouco mais, facilmente. Mas sei que isto é o que sinto, hoje, e que provavelmente amanha sentirei algo realmente diferente. Espero que seja algo melhor, mais saudável e mais alegre.
Ah. Tenho demasiadas saudades vossas. Combinem algo por favor.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

#34 - 3/9/2016 - quero saber

Quero saber. Quero saber de tudo. Cada passo que das, cada fôlego ou falta de ar que tens, cada sentimento agreste ou estupido que tenhas, cada sorriso ou expressao que faças.
Nao saber é pouco, e eu quero saber tudo.
Nao te abstenhas de contar, de refilar e resmungar, sobre o que quer que seja. Nao sejas poucochinho, se tudo, tudo e mais algum coisa, so porque sim, so porque mereces, e eu estarei sempre la, de alguma forma estarei sim, tu sabes. 
Nada nem ninguem me afasta de ti, nunca.
Por mais que achares que nao, eu irei querer saber, porque o saber é tudo, é uma virtude e uma ameaça interior, mas é assim que sao as cosias.
Quero saber de cada toque ou aproximaçao a ti, porque cada parte de ti me faz falta, me diz respeito, me deixa feliz, e isso importa, certo?

#33 - 6/9/2016 - casais

Hoje vi algo que ja nao via à muito tempo, algo que nao se ve muito nos dias de hoje. Sabes o que é um casal ou uma "amostra de casal", por assim dizer, apenas a conversar? Nao, nao foi a cena de eles estarem a conversar, foi a cena de como eles falavam e olhavam um para o outro, algo com muito carinho e brincadeira misturada no olhar.
Foi um momento enternecedor, porque partilhavam tudo e nem sequer sabiam! Foi um tipo de momento em que pensei "fogo, quem me dera" mas nao, eu era a eterna vela, like ever!
Ha uns anos atras vi isso, num casal amigo, uma coisa do outro mundo, e eram tal e qual o que eu vi hoje.
Porra, as pessoas ja nao sabem demonstrar o amor uns pelos outros? Estes sentimentos repentinos e incriveis que mostram tanto, apesar de nem sequer saberem o que estao a demonstrar.
Juro que nao consigo explicar bem isto, mas se ha tanta lenha por ai, porque nao atear fogo? Obviamente que falo num relacionamento.
Eu, que namoro e ja namorei nunca vi ou fiz disto. Mas de repente, tau, aconteceu e eu so soube olhar, guardar na memoria o que um dia poderia vir a acontecer comigo.
A vida sao dois dias, e por mais que saiba que as coisas nem sempre sao faceis (raramente o sao), estas coisas, estes momentos sao para gravar.
Amem-se mais, tal como eu vi hoje caramba, e juro que o mundo se torna melhor!

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

#32 - azar do caraças.

A preguiça era maior que a vontade. Estava num daqueles dias em que sentia que se saísse da cama só iria fazer asneira, que iria ser um dia para deitar fora completamente.
A cama estava quentinha, tal como a casa, que havia sido aquecida toda a noite pela lareira, que insistia em manter o fogo aceso, ate ao último pedaço de madeira completamente queimado e desfeito em cinzas.
Uma música de fundo começou a soar, não muito longe dos meus ouvidos, e mesmo sem abrir os olhos atendi, com a voz mais ensonada e rouca de sempre.
-Olá. -tao simples.
-Não vens trabalhar? -voz dura do outro lado da linha.
-Não. -ronronei. -Não me estou a sentir bem. -falei, e era verdade. Sentia-o no fundo do estomago e preso aos ombros.
-Ok, escusas de aparecer ca outra vez então, adeus.
Foi assim que tive a certeza que os meus motivos para ter ficado em casa vieram até mim de forma inesperada. Cai no sono novamente.
Eram 5 da tarde quando voltei a acordar. A minha barriga roncava imenso e soube que tinha de ir à pastelaria do prédio comprar algo para comer. Vesti uma sweat cinza e leggins pretas. Soltei o cabelo e la fui, escada abaixo, quase de nariz ao chão, mas fui e cheguei viva.
La estava a Dona Emília da pastelaria, sempre cheia de trabalho, com a pastelaria cheia e só uma miúda na cozinha a ajuda-la.
-Uma baguete e bolo de chocolate por favor. Ah, e um batido de laranja, obrigada.
Com o pedido na mão, la ia eu sentar-me quando Ele veio contra mim. Voou tudo, ate a minha mão contra a cara dele.
Nesse dia conheci o meu maior sonho e pesadelo, e tornei-me funcionária daquela pastelaria, para o ver desfilar todos os dias, já que morávamos no mesmo prédio.
Pior dia de sempre, muito obrigada!

#31 - sweet 18.

Sweet 18.
Estes 365 dias estão a chegar ao fim. Como pude ser tao imprudente este ano? Como pude não aproveitar e ir para a farra todas as semanas e não aproveitar a maioridade propriamente dita?
Porque é para isso que os 18 anos servem, não é? Para sair de casa, fazer asneira e abrir a pestana. Passou tao rápido e ao mesmo tempo foi tao lento. Devia ter aproveitado mais enquanto podia, devia ler lutado mais por mim mesma, como sempre sonhei fazer.
Em breve os 19 irão chegar, e com isso a brincadeira passara a ser outra. Outra rajada mais forte e intensa de emoções. Pode ser que seja desta que vá morar sozinha, ou então que seja um ano grato de trabalho, para poder comprar/ter, aqueles 3 desejos pelos quais tanto anseio.
Os 18 já la for e é altura de abrir um novo capítulo da minha vida, como se quer e se pode. Quem sabe um fia me torne adulta e queira o mundo só para mim. Por enquanto vivo no meu mundo, frágil e sensível, duro e frio, forte e poderoso, com todas as coisas boas e mas a que tenho direito.
Goodbye sweet 18. Bota abaixo sweet 19, siga que para a frente é que é caminho!

#30 - about 2015.

Há quem diga que o tempo cura tudo. Há quem ache que a vida é para ser vivida com dignidade e gosto pelos suspiros mais simples. E têm razão.
2015 foi um ano muito comprido, passaram-se tantas coisas, boas e mas, como é de esperar. Foi um ano de emoções e reviravoltas, tudo e mais alguma coisa aconteceu, da forma que menos esperava.
Pode-se dizer que cresci, de uma forma que não sabia ser possível e também que as coisas ficaram tao claras, mas só quando a força apareceu e mandou tudo abaixo, de forma tao brutal e explosiva.
Abri os olhos em relação a tanta coisa.
Soube quem estava do meu lado, como sempre esteve e sei que irão ficar para todo o sempre, e quem, por mais que estivesse próximo de mim e me acompanhou todos os dias, ficou para trás, ficou para 2015 e sei que não há ponto de retorno. Se calhar não eram assim tao importantes quanto isso. E se calhar irão ficar gravados na minha mente, só porque o destino assim o traçou.
Tudo o que aconteceu tornou-me mais forte, mas ao mesmo tempo mais fria, egoísta e sem paciência para futilidades. As pessoas são tão fúteis e falsas. Alguém que as mate.
Aprendi que o amor aparece quando menos se espera e que quando reciproco, o mundo torna-se melhor e mais belo, quando construído, por duas matérias tao diferentes, mas tao fortes que o destino teve de unir, ou pelo menos por na mesma linha temporal. E se não durar, que se dane, ao menos foi bom, tao forte e trouxe-nos tanta coisa nova, emoções, sentimentos e mudou-nos para melhor. Eu acho.
Neste momento consigo ver tudo, tudo o que se passa a minha volta, de forma tao clara. Quero tanto que 2016 seja um ano forte, daqueles que mais tarde vamos recordar e recordar pela eternidade, tal como foi o meu nono ano (2011/2012) e que juntou pessoas ate agora, o meu pequeno, mas verdadeiro grupo.
2015. Sweet 2015. Obrigada por tudo. Desculpa por todas as minhas asneiras e erros, mas teve de ser. É com estas falhas que se aprende e cresce. E eu continuo a mesma de sempre.