terça-feira, 21 de maio de 2013

7# - Revolta ....


Estou passada com tudo isto. Revolta insignificante. Loucura inconstante, vida de falsidade, vida de verdadeiro horror e mágoa.
Às vezes não precisas de fazer a coisa correta, concretamente, fazes bem em agir mal, loucura total.
Pergunto-me porque achas que tudo está bem? Isto é, deves achar que realmente tudo está bem, normal. Mas não é bem assim. Nem todos estão felizes e contentes aos pulos, nem todos têm o que querem e o que precisam.
Revolta. Revolta inconstante com tudo e com todos. Há que acordar para a vida, trazer tudo de volta, tal como era dantes, sempre simples e bastava sorrir que tudo passava.
Mas agora não é como antes e já te consegues aperceber em que mundo vives e, mesmo sendo ingénuo, consegues perceber que tipo de pessoas te rodeiam e como realmente tudo é.
Olha-te ao espelho. Vá, força nisso! Que mudanças consegues ver? Já não és tão pequeno, nem tão deslocado. Agora estás grande, pele mudada, corpo desenvolvido. Mas, e a tua mentalidade e os teus olhos? Continua igual a antes, pois ainda não te apercebes do que realmente importa.
Cresce um pouco, pensa e olha com mais atenção ao que te rodeia.
A vida é um mistério à espera de ser desvendado pelos não-misericordiosos, pelos realmente activos e interessados.
Revolta-te tal como eu estou, a sério, vale a pena. Vive descobrindo mistérios revoltantes.

                                        Ana Coelho, 17-01-1997 * 

6# - triste ;$


Aposto que nunca te sentiste assim. Assim capaz de acabar com a tua vida num segundo. Capaz de esquecer tudo o que te rodeia e pôr fim à tua vida. Pôr fim a uma vida de merda. Uma vida que não desejas a ninguém.
Aposto que nunca te odiaste tanto ao ponto de desejares atirar-te abaixo de alguma coisa e morreres. Ao ponto de te cortares. Ao ponto de pensares em mil e uma formas de acabares com a tua vida. É tão fácil fazê-lo. Porque não tentar?
Aposto que nunca sentiste um vazio dentro de ti. Uma força que não te prende a este lado. Um impulso para fazer o oposto do que todos esperam de ti e esquecer todos os que pensam que gostam de ti. Porque realmente pensas que ainda há alguém que gosta de ti, que te curte e que se importa contigo.
Aposto que nunca ficaste mal só por estares na presença de alguém. Que nunca deixaste cair uma lágrima sequer só por uma pessoa te ter falado mal.
Mas eu estou nessa situação. Situação essa que me faz querer desistir de tudo o que conheço e aprendi até agora. Situação que não me faz querer viver. Longe disso.
Sempre que essa pessoa fala comigo faz com que sinta que eu não presto. Que nem sequer mereço respirar o mesmo ar que essa pessoa.
Essa horrível pessoa deita-me constantemente abaixo, mesmo estando poucas vezes comigo. Simples palavras magoam-me mesmo. Fazem-me querer chorar. Um choro que ninguém vê. E ninguém vê porque ninguém se importa realmente comigo. Ninguém me quer ver feliz. A soltar um breve sorriso ou uma breve gargalhada.
Ninguém vê, sente, pensa ou sequer sabe como me sinto e pelo que passo todos os dias. É uma luta constante contra tudo e contra todos. E sinceramente não sei se aguento tudo isto por mais algum pouco tempo que seja.
Quero desaparecer daqui. Apetece-me afogar-me em choro. Deitar-me abaixo de uma ponte, prédio. Cortar as veias e fazer com que não resista à dor impulsionante no meu corpo.
Odeio-me tanto. Odeio-me por ser tão fraca. Tão horrível. Odeio-me por não conseguir suportar ofensas daquela pessoa.
Vale a pena esperar que tudo isto passe? Não.
E tu nunca vais compreender todas estas minhas dificuldades e fraquezas. Porque tens quem goste e se preocupe contigo. Tens quem fuja contigo quando estás a precisar. Que faça todo o tipo de loucuras por ti e contigo.
Mas eu não. Não tenho ninguém que me puxe pelo braço e diga para fugirmos. Que diga que tenho valor, importância na sua vida. Que me abrace quando estou triste. E que me diga que não há ninguém como eu.
É doloroso sentir tudo isto. Ver que no fim não há uma única pessoa que não me deixe desistir. Que não me deixe chorar, levantando-me o queixo. Ou sequer limpando os pulsos quando já desabei mais uma vez.
Desisto. Desisto de tudo. Não dá para aguentar. Não aguento porque sou diferente. Porque simplesmente não dá para continuar forte e bem como toda a gente.
Vou desabar e desabar. Uma e outra vez. Até que chegue o momento em que não tenha mais forças para fingir que estou bem. Que cometa mesmo uma grande loucura.
Boa sorte para ti, que ainda estás vivo/a e não te escondes e amoleces à beira da pessoa que não te deita abaixo e de todas as outras pessoas e situações.
De alguma forma amo-te, e por isso sou estranha.

                                        Ana Coelho, 17-01-1997 *

domingo, 5 de maio de 2013

5# - diferentes perspectivas


Como tudo é diferente ao olhar em redor. Tudo parece fora do sítio, fora de contexto, e só a natureza se destaca aos meus olhos, uma visão linda. Os verdes trocam-me as ideias, e o azul do céu está tapado por tons cinzentos das nuvens. Do meu lado direito vejo campos cheios de flores amarelas e roxas, e que vontade de ir lá para o meio e fotografar tudo o que lá se encontra, e imaginar lá pessoas, comigo a guardar cada momento desse tempo.
Ainda estou à espera que algo mude o meu dia, alguma boa novidade que me faça rir sem motivo, um vicio que ainda me fascina, tal como ler. Loucura inconstante, apetece-me ler e escrever sobre fantasias sonhadoras. E se tudo o que imagino se tornasse realidade? Qualquer um ficava parvo se isso acontecesse. Não por ser mau, não!, mas por causa da estupidez avantajada.
Eu acredito que tudo se torna possível quando pensamos nisso com muita força, porque isso já aconteceu comigo mil e uma vezes.
Não estou habituada a desprazeres, e isso custa uma pérola no pensamento, uma que parte com facilidade imediata.
Amo o meu coração por aguentar estas coisas todas. Se não aguentasse tinha desesperado, de forma triste e perdida.
Esquecendo tudo isto, estou bem melancólica! Vou viver um pouco mais desta vida comum, porque a parte divertida ainda me vai surpreender hoje.
Boa sorte para ti também!

                                        Ana Coelho, 17-01-1997 * 

4# - *o meu menino*


Ele é lindo, ele é perfeito, ele é e sempre será o meu menino *o*
Abdicar dele? Sabes, não mesmo. Porque ele é o meu orgulho, e está sempre a fazer-me rir.
Ele sabe quando estou mal e sei que posso contar sempre com ele, e vice-versa.
Rimos que nem uns tolos quando estamos juntos, e a maior parte das vezes estamos a falar ‘mal’ um com o outro. Mas é uma amizade verdadeira, amizade de ouro, e nunca nos chateamos, são sempre brincadeiras bobas, sem significado. É com essas brincadeiras, zangas e palavras meigas que a nossa amizade se constrói. Foi a partir de ‘bitaites’ que nos conhecemos, que ficamos assim tão próximos.
Ele é a minha felicidade, saudade e tristeza ao mesmo tempo. Ele é parte de mim. É parte que me faltava para não ir abaixo, porque sei que posso falar de tudo com ele sem ser criticada, apenas gozada e depois mimada com palavras lindas, que me fazem rir que nem uma tonta.
É uma amizade que vai durar para sempre, porque sei que ele nunca me vai deixar ficar mal, vai estar sempre lá para fazer e dizer barbaridades comigo.
Ele é tão tonto. Sabe mandar mensagem quando preciso, e quando necessário mandar apenas ‘fuder’. Mas não o censuro, porque às vezes é mesmo isso que preciso de ouvir.
Penso que gostarias de o conhecer, é tao fofo, e chama-me nomes mesmo feios. Mas gosto tanto dele assim, como amigo.
É tão pateta, mas é ‘bom’, em todos os sentidos, e isso vale por mil. Um dia vais conhecer este miúdo.
O meu menino*o*
de alguma forma amo-te, e por isso sou estranha.
                                        Ana Coelho, 17-01-1997 *

3# - Imensidão de Problemas

Este mundo está cada vez pior, cada vez mais arruinado, cada vez mais desgastado e simplesmente inocente. A vida não é o que esperávamos que fosse. As pessoas mudam-no, e com isso doces mentes se estão a desvanecer em horror.
Estado de agitação permanente. É, este mundo não vai para melhor, e a cada dia que passa nasce mais um burro e morre mais uma alma encantada.
Trás contigo os teus pertences, vamos fazer um grande estrondo, vamos mudar o que já conhecemos, vamos apagar essas monstruosidades que nos fazem sentir mal.
Sentir mal, sim. Porque tudo isto nos arruína a cada longo dia que passa. Já não há pessoas puras, e esse é o mal. É o que nos rebaixa momento após momento, o que nos transforma em algo que nunca podemos imaginar vir a ser, o que nos magoa e deixa marcas perdurantes no nosso corpo, mente, estado social…
Estás preparado/a? A mudança está para breve. Vais reparar que pessoas estão diferentes contigo, não só contigo, mas com todo o mundo que te rodeia. Cresce, abre os olhos, não te deixes iludir, sorri, vive, aproveita, sente, não magoes ou sequer te deixes magoar.
Pacificamente reparo nos teus olhos, a sua cor encanta-me. E depois? O medo está-se a apoderar de ti e de todos os outros. Tem cuidado com o que dizes e a quem o dizes, agora tudo está morto, ou quase tudo mesmo.
Olha á tua volta, o que vês? Infelizmente vejo um sítio onde a vida humana se está a acabar. Solução? Sim, há! Une as tuas amizades, os corações que sabes que fariam falta para ajudar o teu a bater. Promete a ti mesmo/a que não vais esquecer tudo o que já passas-te e que achas que pode vir a acontecer. O mundo é uma grande incógnita, e a partir de agora conta apenas contigo para sobreviver. Não! Conta com as verdadeiras amizades ao teu lado, porque com uma grande união ainda vais conseguir sobreviver neste mundo cruel. Este mundo que te deixa cheio/a de incertezas, e que tenho a certeza que as vais conseguir ultrapassar com grande esforço.
Anima-te. O fim até pode estar para breve, mas sei que posso sempre contar contigo, tu comigo e com a nossa grande família de amizades.
UNIÃO, SOBREVIVENCIA, COMPANHIA, LUTA. ESTOU E CONTO CONTIGO!
Ana Coelho *-*