quarta-feira, 16 de agosto de 2017

#44 - confusão turbulenta

Confusão paira sob mim neste momento. Sinto que estou a precisar de uma distração, uma distração extrema. Ando a pensar demasiado, em coisas que não devia, tal como sentir coisas impensáveis. E sonho, sonho como a porra, sonhos duplos até e isso está-me a levar ao extremo, porque nem a dormir alcanço o sossego que a minha mente me anda a pedir a muito. A mente consegue pregar-nos tantas partidas.
Supostamente devia estar a focar-me no necessário, no que realmente preciso. Mas não, tenho andado perdida em nenhures e apesar de saber o caminho de retorno, a insanidade é enorme e desvia-me a cada momento mais um pouco.
Não tenho coragem de falar a quem quer que seja do que ando a pensar e a sonhar. Por breves momentos esqueço-me da realidade e fico feliz com esses sonhos, mas rapidamente volto à realidade e percebo que simplesmente tenho de manter os pés bem assentes no chão, manter a cabeça o mais ocupada possível, fora destes pensamentos.
Se calhar é de distância que preciso. Talvez precise de sentir que vão sentir a minha falta. Talvez eu esteja só de passagem e facilmente ultrapassarão a minha ida sem retorno. Egoisticamente, gosto de pensar que nunca a hão de ultrapassar, gosto de pensar que se irão sentir arrependidos por não me terem demonstrado vezes suficientes que me amavam. Também penso que não sentirão nada mais além de pena. Por uma morte supostamente inesperada.
Os sentimentos vêm e vão, e não sei quais serão os corretos. Gostava que estivesse ca alguém para me indicar o caminho certo.
Provavelmente as coisas seriam mais fáceis se fosse outra pessoa ou se estivesse noutra vida. Mas, por outro lado, há coisas, pessoas e momentos que não conseguiria trocar por nada. Mesmo que neste momento não se façam sentir como é devido...