quarta-feira, 29 de outubro de 2014

21# - doença metafórica *

Há algo, algo que tenho andado a sentir à algum tempo que não conseguia de forma alguma explicar, até agora.
Não há como manter as coisas iguais, com os mesmos sentimentos e alegrias que estamos a sentir em determinado momento de pura excitação e histerismo que não conseguimos conter, simplesmente é impossível parar o tempo, continuar a viver em modo lento ou até repetir isso infinitamente. Life is sucks! Fui explicita o suficiente?
Ainda nem sequer toquei no ponto-chave e já estou a hiperventilar, socorro.
Há mais para além da vida, todos sabemos que sim, porque não se trata apenas de vivermos a nossa vida e não querermos saber dos outros, ai é, nós temos de saber de nós e dos vizinhos, para esta imensa continuidade de acontecimentos inesperados continuar e até de certa forma ser irrelevante.
Mas eu agora sim entendo várias coisas que me faziam remoer por dentro, várias vezes e de várias formas, tanto possíveis como imaginárias. Eu sinto-me como se tivesse um cancro, uma doença terminal qualquer que aos poucos vai acabando comigo, de uma forma lenta e irrevogável, parecendo até que não tem fim, quando no fundo o problema é esse, ter um fim. Tudo o que conheço vai desaparecer, todas as pessoas que lutei para ter ao meu lado vão deixar de o estar, e isso dói, porque é uma completa loucura. Saber que vou acabar sozinha é insuportável, saber que ninguém vai aguentar a minha “doença”, continuar ao meu lado sob todas as coisas, a roubar-me sorrisos ou ternos abraços.
“Tu irás sempre pagar pelo aquilo que fizeste”. Não há retorno, isso vai acontecer, ou melhor está a acontecer.
Mas tudo valeu a pena, se aconteceu é porque tinha de acontecer, e quem sou eu para contrariar algo tão forte como o destino? Se o fiz é porque tinha de o fazer, e pelo menos nesse momento era o que queria fazer, por isso sem arrependimentos, seguir em frente, sempre.
Há mais que isso, há mais que lutar do que por uma mera sobrevivência, há que sobreviver por uma vida, sendo alguém único e especial, tal como se nasceu, cresceu e na pessoa (boa ou má) que se tornou.
Não é esta “doença” que vai acabar comigo (de certa forma até é), porque eu nem tenho nenhuma doença (felizmente), isso é uma metáfora, mas é como se tivesse.
Todos temos algo a que nos queremos apoiar, ser aquela pessoa forte e genuína que sempre quisemos ser e ter alguém assim do nosso lado, em todos os momentos, mas não é fácil e nunca o vai ser.
Mas então, foi um privilégio, não foi? Ter em certo momento ou fase da tua vida aquelas pessoas contigo, estar puramente excitados e histéricos de tanta felicidade junta?
Vai em frente, deixa essa “doença” que metaforicamente mata cada um de nós aos poucos, de uma forma tão horrenda nos vai corroer sempre por dentro, de uma forma ou de outra.
Sê tu, forte e genuíno, luta sempre por ti e por manter os teus do teu lado, porque ninguém consegue viver ou sobreviver a tudo só e unicamente consigo próprio.
Agora sim, depois de tanta confusão, espero ter sido explicita o suficiente, ou então não, porque são precisos vinte dicionários e sei lá mais o quê para de alguma forma me entenderem e entender a conclusão destas palavras, desta vida.

Ana Coelho.

20# - 22.julho.2014 - melhores amigos *

Já pensei tantas vezes em escrever este texto, de mil e uma formas diferentes, mas tive sempre aquele medo de escrever demasiado mal ou escrever menos do que devia… Mas não interessa, tudo o que eu escrever agora vai ser o que estou a sentir e pensar neste momento, e sei que é o que realmente importa. Bom ou mau, cá vai…
Nunca soube o que é amar tanto alguém vos amo a vocês os dois, disso podem ter a certeza, podem ter como garantido que o que sinto nunca vai mudar, só vai crescer e ficar mais completo, porque não vai de alguma forma desaparecer, não vai ser algo fútil ou estúpido que nos vai separar, porque eu já não me consigo separar assim tao facilmente de alguém cuja minha vida literalmente depende!
Já passei por muita coisa, tanta mesmo e do vosso jeito vocês também, eu sei , sei disso tudo muito bem. Não interessa a nossa idade ou mentalidade, simplesmente aconteceu e tivemos que crescer com isso involuntariamente.
Rita, pata, pega. Conhecemo-nos à quanto tempo? Mais de onze anos, certo? Crescemos juntas e tornámo-nos quem somos hoje graças ao tanto que vivemos juntas e de certa forma às nossas histórias de vida comuns. Juntas superamos tudo o que foi preciso e o que ainda está para vir. Não vai ser fácil, nunca foi, mas a nossa união conseguiu fazer com que pelo menos um pouco de tudo ficasse mais fácil, juntas conseguimos sempre.
Daniel, ping, bicho. E nós? Conhecemo-nos no sétimo ano, então cinco anos, acertei? Só a partir do nono ano é que nos conhecemos melhor, e falo por mim, sempre vi que eras alguém que seria um bom amigo, que poderia acompanhar qualquer pessoa e mostrar-lhe o quão grande se pode ser com coisas pequenas ou simples (tu também Rita), tornaste-te alguém que nunca esperei vir ter do meu lado.
Foram diferentes começos de amizade, é verdade, mas tornámos esta amizade gigantesca, quando foi realmente preciso foi quando vocês se fizeram notar na minha vida, vocês foram a diferença  que tanto procurei e só agora reparei que tive do meu lado. Vocês ajudaram-me a ser parte de quem sou hoje, devo-vos tanto por isso. Por mais que seja idiota, ingénua, por mais que seja fraca e vá abaixo com facilidade em tantos momentos, vos trate mal ou demasiado bem, eu sei que haverá sempre futuro connosco.
Mas não tenho nada por garantido, sei olhar para a frente e há que lutar para amizades verdadeiras, tal como a nossa sempre foi e será, confio totalmente em vocês, mas às vezes não sei se deva, tenho medo que venha algo do nada que nos possa separar, algo que me tire os meus apoios, que me seguram e puxam sempre para cima. Sou rodeada de incertezas e medos, e tenho um medo desesperante que vocês não façam parte do meu futuro, da minha vida. Mas acredito em nós, acredito plenamente e isso é o suficiente para continuar a seguir o meu caminho, por mais que seja difícil, sempre do vosso lado.
Convosco percebi que há diferentes tipos de amizade e amor. Porque sei que não conseguiria afastar-me do nada, não conseguiria deixar de me importar e de querer fazer parte de cada minuto da vossa vida, seja a sorrir ou a chorar, mas sempre partilhado entre nós.
Isto ultrapassa todas aquelas barreiras da amizade, não há forma de vos ver como simples amigos, isso já foi ultrapassado à muito mesmo. Eu vejo-vos como mais que amigos, mais que irmãos e não sei definir tudo o que sinto, é tão complexo e extraordinário!
A única coisa que sei é que só de estar na vossa presença me sinto tão completa, sempre tão feliz e rodeada de carinho, mesmo que não o demonstre, mas amo-vos com tudo o que tenho, quero que dure para além do “para sempre”, mas não sei quão grande pode ser o nosso “para sempre”, espero que seja grande o suficiente para durar a vida toda.
Sinceramente não sei como acabar este ‘textinho’, porque teria muitas mais coisas bonitas para dizer e histórias para contar. Mas as histórias, essas eu prefiro guardar só para mim ou revivê-las mais uma vez convosco. Então esta é só mais uma história sem fim, que até agora sempre foi feliz.
Hoje e sempre, vou estar sempre aqui para vocês. Vale sempre a pena relembrar, amo-vos com tudo o que tenho e ainda vos vou dar e mostrar!
P.s. Ping, eu disse-te que ia parecer uma declaração, não disse? Mas olha…é mesmo uma!

Ana Coelho.

sábado, 19 de julho de 2014

19# - ela sorria com o olhar...

Ela olhava para mim e eu sabia o que ela queria.
Os seus olhos estavam a tremer, tal como os seus lábios carnudos, havia um brilho no olhar, tão ou ainda mais cintilante que o meu. Ora essa, que parvoíce, ela estava-me a sorrir com o olhar, e ora bolas, como era lindo!
Levantei-me, preparado para dar o primeiro passo, mas nesse momento, apenas sorrindo entre lábios, ela sentou-se. Não me mexi um centímetro que fosse, fiquei a admira-la ao longe, enquanto os meus amigos falavam sobre banalidades, neste caso sobre a música que o DJ estava a passar, que achei realmente boa para o momento que estava a passar com Ela.
Sorri-lhe de volta e encostei-me à parede, levando uma e outra vez o copo à boca. Ela estava à espera de quê para me deixar ir cumprimenta-la?
A luz que incidia sobre ela era perfeita, ela tinha escolhido o sítio perfeito para ficar naquela noite. A sua pele reluzia de uma forma tão bela que mais que uma vez cheguei a duvidar se tudo aquilo que estava a captar era uma pura ilusão ou a mais bela das realidades.
Passei a mão pelo cabelo apressadamente, enquanto me sentava para jantar, de seguida a mão passou pela testa que começara a suar de tanto calor presente no salão, seguiu-se a mão direita a passar pelo braço esquerdo e por fim as minhas mãos uniram-se. Ela olhava para mim de forma curiosa, sempre atenta, a mim e às amigas que a acompanhavam no jantar.
“Posso ir à tua beira?”, perguntei entre lábios olhando-a atentamente, “Não”, respondeu-me, baixando o olhar.
Mais cedo ou mais tarde iria à sua beira, nem que fosse na última dança da noite programada pelo Castor, mas certamente que eu iria ter com ela.
Voltei a olhá-la de leve, ela estava completamente colada nos meus braços, cujos breves músculos se notavam por causa da força que comecei a exercer sobre mim próprio à custa de pensamentos, pensamentos esses que só nos envolviam a mim e a Ela.
Soltou uma breve risada para as amigas e vi-a desfazer a trança comprida que passava pelo lado esquerdo do seu ombro. Levou a cabeça às pernas e sacudiu o cabelo, e meu deus, ainda ficava mais bonita assim, com o seu cabelo comprido a passar-lhe pelos ombros, braço, seios, barriga e anca. Tinha um cabelo ondulado enorme castanho chocolate, que combinava na perfeição com os seus olhos verdes água.
Como é que eu me estava a apaixonar loucamente por ela? Como e Porquê?
A risada alta dos meus amigos soou aos meus ouvidos e vi-me obrigado a prestar-lhes um pouco de atenção, até porque mereciam muito mais do que só um pouco de atenção da minha parte.
Ouvi tudo o que tinham para dizer durante aqueles dez minutos que me pareceram duas horas sem poder olhar na direcção dela. Pus-me dentro da conversa, voltei a encher o copo e risadas gerais. Estavam todos muito bem-dispostos e visivelmente bem arranjados, bonitos…mas precisava outra vez de olhar para ela.
Sorriu-me de leve assim que viu o meu rosto virar-se na sua direcção e voltou a sua atenção de novo para o empregado que estava a falar com ela sobre algo que não consegui perceber.
“Está na hora, vamos embora”, os meus amigos disseram-me de forma divertida, tanto quanto eles próprios já estavam. Mas o meu divertimento e alegria passaram de mil para zero, ainda nem lhe tinha dito olá pessoalmente. Eu só pensava “não, ainda não está na hora”, mas não disse nada disso, aliás, nem falei sobre isso.
Olhei tristemente para a sua mesa e surpreendi-me quando já não a vi na mesa, nem a ela, nem às amigas ou bolsas. Ela tinha ido embora sem sequer me dizer adeus.
Levantei-me, pronto a ir para casa “Vá, vão lá sair que eu vou wc e depois vou para casa”, disse, despedindo-me de cada um deles.
Fui a marcha lenta para o wc e só aí consegui reparar que o salão de jantar estava cheíssimo, mas por sorte, o wc encontrava-se quase vazio. Fiz o que tinha a fazer e fui à mesa pegar no casaco que me tinha esquecido anteriormente.
Umas mãos suaves taparam-me levemente os olhos, e sem me aperceber estava-me a encostar a ela, sim, porque eu sabia que era Ela. Virei-me e aí tive a certeza que era ela. As minhas mãos passaram de forma carinhosa nas suas bochechas, lábios e acabando a dar-lhe a mão puxei-a para mim, ficando os nossos rostos a milímetros de distância.
Era a hora certa para irmos dançar, e fomos, dançar, muito calmamente, colados um ao outro, em que os nossos olhares se juntaram e os nossos lábios por fim se uniram. Naquele momento tive a certeza que era Ela que eu queria comigo até ao meu último dia.
Ela, sem nome ou palavra trocada, disse-me que achava o mesmo, apenas sorrindo com o olhar.

Ana Coelho.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

18# - verdade ou ficção...

“Eu ouvia gritos na minha cabeça, parecia que vidros se estavam a partir mesmo atrás de mim, sentia os braços presos como se me estivessem a agarrar e magoar, a garganta estava espessa devido ao sangue que por ela escorria…
Mas o que poderia estar a acontecer? A única coisa que me lembrava era de me ter deitado na cama ainda despida depois do duche e de estar com uma calma que me segurava com força para não cair. Mas de repente estava presa a isso, a este terror que não sabia lidar ou compreender.
-Deixa-me sair daqui! O que se está a passar comigo?
Eu gritava, pelo menos o meu instinto ou sentidos mentais mostravam-me que estava a gritar em pensamentos.
Sentia os olhos a rasgar, mas depois de tanta dor consegui abri-los finalmente. Era estranho, mas via tudo búzio à minha frente, algo parecido com uma praia em que havia um grande castelo de areia meio destruído, em que essa praia tinha pouco luz.
-Onde estou? Por que estou aqui?
Mais uma vez tentei gritar a plenos pulmões, mas a única coisa que sentia a sair da boca era o sangue fervente.
Tentei sem resultado piscar os olhos para ver claramente, mas voltei a ficar com eles fechados, senti o meu corpo ficar preso ao chão com tanta brutidão que quase senti os ossos a estalarem sobre mim. A minha pele começou a queimar, os braços senti que estavam a ficar mais apertados, a garganta a entupir, milhares de vidros a cair sobre mim…
PUM! Acordei daquele espécie de transe, e que nojo de mim. Corri para o wc e vomitei tudo o que tinha para sair.
Sangue saiu também, será que não tinha sido só um pesadelo?”

Ana Coelho*

sexta-feira, 20 de junho de 2014

17# - uma festa ....

Estive a pensar… Acho que vou fazer uma festa!
Sim, sim, não faço anos, não é verão ou qualquer outra altura do ano em que se costuma festejar. Que tal uma festa sem tema? Ou então poderia ser uma festa sobre o Outono, já que eu tanto gosto! Okay, estamos na primavera, e depois? Pronto, eu entendo, parece “mal” ou no mínimo estranho, mas eu esqueço isso de ter tema.
Pensei em usar a garagem do piso -1, é grande, não deixa passar muito som, é bonita (quanto baste)… Tenho é de lhe dar um jeitinho porque tem lá trapalhadas desde os tempos dos avós.
E se pusesse dois ou três sofás compridos encostados às paredes, para quem quisesse um pouco de sossego ou até namorar um bocadinho? Por isso é que não gosto de convidar casais, querem sempre brincar. Mas mesmo que não haja casais há sempre alguém que quer ir para lá e de amigos passam a “amigos”, então é sempre aquele caus que evito quando vou a festas privadas, como a minha poderia vir a ser.
Estou preocupada! Acho que a mamã não vai deixar assim, não vai gostar da ideia, diz que me magoo sempre em festas e brincadeiras, mas o papá diz que tenho é de me divertir e aproveitar enquanto posso. Se realmente quiser fazer a festinha tenho de falar primeiro com o papá.
Será que ele gosta mais de mim que a mamã, ou será que ela quer-me proteger das coisas más? Ain, eu já nem sei nada!
Vou seguir em frente, quem convido? a D, B, J, L, M têm de vir de certeza, andam comigo desde a pré-escola, e o P, A, N também!
E os outros que fui conhecendo? Os vizinhos também, mas os primos não, nem os gémeos da Belga, são muito eléctricos e metem-se com as minhas amigas todas, ai não, não.
Marco para quando? Estamos a meio das aulas, então tenho de ver quando tenho testes e assim.
Compro balões, comida, ponho música, compro alguma decoração. Mas então tenho de pedir dinheiro aos papás, outra vez. Isto de organizar algo é difícil!
Mas o que estou eu a pensar? Só tenho 10 anos, só sei o que vejo nos filmes, novelas, histórias e o que vejo quando passo pela escola dos grandes.
A professora bem disse que penso e escrevo demais. Tenho é de crescer e querer ficar sempre criança, tal como o papá e mamã me dizem às vezes…
Ana Coelho*

domingo, 15 de junho de 2014

16# - uma questão de smiles

Ser ou não ser, eis a questão.
Atravessa uma e outra fase, pensa no futuro e nas barreiras que ainda me faltam atravessar, pensa no passado e vês a tudo o que sobreviveste e ultrapassaste com muitas ou poucas dificuldades, pensa no presento e vês quem continua presente, ao teu lado em todas as situações.
Seguir em frente, sorrir a tudo e continuar forte. É tão difícil assim?
Aumenta o volume, curte o som, sente a batida. Estás a sorrir não estás? Exacto, esse sorriso, essa batida que por mais que tentes parar não consegues deixar de sentir, forte ou lenta vai estar sempre lá, a mostrar-te continuamente que estás a viver e que ainda não chegou a altura de deixares estas mil e uma pessoas que te rodeiam. Coração forte, duro e firme. Ser forte nem sempre é fácil.
Sorri. Vão ver que estás bem, pensar “fodasse, queria estar bem como tu!” ou “nunca na vida encontrei alguém capaz de ser tão feliz e viver tanto a vida como tu!”. Mas não é fácil manter a postura, manter esse sorriso que sai por diversão, ou tantas vezes, por mera farsa.
Chora, grita, zanga-te.
Uma mensagem mal transmitida por engano e pronto, já desabaste e mostraste que não te sentes tal como acabaste de expressar facial mente. Esses curtos ou longos smiles que mostraram essa tua faceta, que tu tanto lutaste para não mostrar.
Lá no fundo, queremos ter sempre alguém que se preocupe connosco em todas as situações, mas esse medo de mostrar a nossa parte fraca ou esse orgulho é tão maior que caímos no escuro, no chão do quarto, quarto esse que já suportou tantos momentos da nossa vida.
Passas por algo ou por alguém e já estás a desenvolver algo na tua mente, algo para fazer que nem sequer te apercebeste que pensaste, é psicológico, mas aconteceu.
Porra, porque é que não segues em frente? Por que não conseguimos estar sempre bem e sempre a ser aquela pessoa ideal que todos invejam no sentido desses belos sentimentos e alegria natural que não desvanece? Temos de dar o primeiro passo e continuar nessa rota que certamente nos vai levar a algum lado, sendo nós quem somos e tendo algo que nunca ninguém vai ter. Ninguém nos vai dar o apreço que precisamos se não formos os primeiros a conseguir tê-lo. Aprende isso tudo e muito mais.
E um dia vais querer seguir em frente, mas o passado vai-te puxar para trás. Tens que ser forte, todo o tempo que conseguires e não só. Há sempre algo que te vai dar força, vais ter sempre motivos idiotas para sorrir.
Mas é tudo uma questão de smiles, não é? Então força nisso, insiste na tua felicidade, mas nunca te esqueças de quem esteve lá para ti quando precisaste. A vida é dura, mas precisa.

Ana Coelho *

quarta-feira, 30 de abril de 2014

15# - princesa de ouro


“Minha princesa, meu mundo, ainda não acredito que isto tudo aconteceu connosco, foi tudo tão rápido! No sentido que após duas semanas de falarmos por mensagem, te tornaste em tudo o que eu não imaginava ser possível, e isso sem dúvida que é bom!
Encantaste-me com esse teu jeito simples, tão natural, com essa tua gargalhada boba e com esse teu jeito de fugir à conversa e mesmo seres ciumenta. Os teus olhos escuros falam por ti a maior parte das vezes, apesar de até falares, e claro, sendo sempre tão engraçada e envergonhada sem que te apercebas.
És doce, meiga, teimosa e sensível. E cada detalhe teu é perfeito, não poderia ser de outra forma, porque é assim que gosto de ti, sendo tu a mais linda rapariga que alguma vez conseguiu existir.
Vou lutar sempre por ti, manter-te sempre perto de mim e segurar-te nos bons e maus momentos. Confio em ti, mas tal como tu, sou ciumento, porque o medo de te perder para outro alguém que não goste de ti como eu, seria uma grande tortura e dor. Vou fazer de tudo para te acompanhar em todos as vitórias e derrotas, gargalhadas e lágrimas, bons e maus momentos, sempre com um carinho especial que reservo só para ti.
Amo-te e nunca alguém me vai fazer ficar tão feliz e completo como tu me fazes ficar, todos os dias!”
Ana Coelho

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

14# inspirado em "Major Minus" dos Coldplay

Olhando à volta, há tanta coisa que podemos ser, ter e fazer. Olha outra vez, estás no sítio certo? Era isto que querias mesmo estar a fazer? É uma escolha tua e só tua. Tudo o que queres pode tornar-se realidade, basta quereres e lutares por isso!
As oportunidades surgem do nada, naquele momento em que não esperavas que nada de bom te acontecesse. E quando acontece ficas em êxtase por tal momento, a tua reacção é nula e ao mesmo tempo está um batalhão na tua mente, à espera do momento certo para largares esse pequeno bichinho que de alguma forma és tu.
Há tantas oportunidades!
Queres? Luta por isso, sê o melhor, esforça-te no que gostas e aumenta o esforço no que menos gostas ou admiras. São nessas pequenas realidades ou momentos maus que tu superas e te sentes a melhor pessoa do mundo, nem que seja só por perder um medo.
As pessoas podem tornar-se um monstro de sete cabeças, mas tu continuas a ser tu e a querer cumprir os teus objectivos, ainda que a medo. Insegurança parva e incontrolável.
Mas é a tua vida, tu vais querer sempre aquele brinquedo, aquela vida, aquela pessoa, aquele emprego, isto e aquilo.
E de que vale cobiçar tudo isso? São os teus objectivos e tu é que tens de lutar por eles, pelos teus sonhos. Não é a desejar algo que não é teu que te vais realizar. Tem os teus próprios ganhos, sê tu próprio, com a tua única e exclusiva vida.
Sê artista, ditador, empregado, sê todas as pessoas do mundo, tem todos os empregos do mundo. Mas sê apenas o que gostas. Não há nada nem ninguém que te possa obrigar a ser a “pessoa ideal”, porque tu, sendo como és, de todas as formas e feitios, és a pessoa ideal.
O que é que gostavas de ser? Podes ser qualquer coisa, basta quereres e lutares por isso, pelo teu lugar no mundo!

Ana Coelho

13# inspirado em "All Alright" dos Fun

“Está tudo bem.”, “Eu estou e sempre vou estar aqui”, “Bem, tu foste muito bem”.
São estas as palavras que tu queres ouvir. Isto é, quando precisamos mesmo. Precisamos mas ninguém está ao nosso lado para nos dizer isso.
Aquele momento em que tu realmente precisas de ouvir umas quantas palavras confortáveis, que te elevem uma e outra vez a auto-estima. Mas… Há sempre um “mas”!
Mas outra vez. Mas nós precisamos sempre de um ombro amigo, de uma voz da experiência, de um riso forçado, ou tão livre que te saia sem motivo, e tapas a boca que nem uma criança que disse uma asneira sem querer.
Não o vamos ter sempre que quisermos, desejarmos ou pedirmos, simplesmente os verdadeiros e atentos vão saber dessa tua realidade. És diferente, ou pelo menos achas-te diferente dos outros. Não que te aches melhor, apenas que não estás no sítio certo, com o grupo de pessoas que achas que combinam, daí te achares diferente.
E, também há sempre um “e”. E aquele momento em que alguém realmente se preocupa, mesmo sendo um desconhecido que tenha notado a tua presença e te pergunta como estás. E tu? O que vais responder? Tu não queres preocupar ninguém e ao mesmo tempo queres atenção, amor, carinho e sabe-se lá mais o quê.
“-Está tudo bem!”.
As palavras saem da tua boca sem que te apercebas e pronto, já está, já se foi outra oportunidade de desabafares e dizeres tudo o que pensas. Que estupidez. Depois lamentas-te infinitamente desse momento, que te acabas por esquecer de um segundo para o outro, porque apesar de te achares frágil, és extremamente forte e decidido. Apenas não o demonstras a toda a gente, só a ti e a quem sabe da tua plena existência.
Mas está tudo bem. Bem, digamos que bem chega. Bem? Ahm? Ah pois, “bem”.
E por mais que queiras reagir pensas que a oportunidade ainda não chegou. “Eu sei.”, continuas a ouvir as palavras mágicas na tua mente.
Mas definitivamente não está tudo bem. Vá, és tu quem decide se segue em frente com postura ou se dá um passo em falso à retaguarda e te espalhas por completo no chão.
Prometo estar sempre aqui para ti, mesmo que não me vejas ou sintas.
 Apenas sê tu e fica mesmo bem. Prometes?

Ana Coelho