segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

13# inspirado em "All Alright" dos Fun

“Está tudo bem.”, “Eu estou e sempre vou estar aqui”, “Bem, tu foste muito bem”.
São estas as palavras que tu queres ouvir. Isto é, quando precisamos mesmo. Precisamos mas ninguém está ao nosso lado para nos dizer isso.
Aquele momento em que tu realmente precisas de ouvir umas quantas palavras confortáveis, que te elevem uma e outra vez a auto-estima. Mas… Há sempre um “mas”!
Mas outra vez. Mas nós precisamos sempre de um ombro amigo, de uma voz da experiência, de um riso forçado, ou tão livre que te saia sem motivo, e tapas a boca que nem uma criança que disse uma asneira sem querer.
Não o vamos ter sempre que quisermos, desejarmos ou pedirmos, simplesmente os verdadeiros e atentos vão saber dessa tua realidade. És diferente, ou pelo menos achas-te diferente dos outros. Não que te aches melhor, apenas que não estás no sítio certo, com o grupo de pessoas que achas que combinam, daí te achares diferente.
E, também há sempre um “e”. E aquele momento em que alguém realmente se preocupa, mesmo sendo um desconhecido que tenha notado a tua presença e te pergunta como estás. E tu? O que vais responder? Tu não queres preocupar ninguém e ao mesmo tempo queres atenção, amor, carinho e sabe-se lá mais o quê.
“-Está tudo bem!”.
As palavras saem da tua boca sem que te apercebas e pronto, já está, já se foi outra oportunidade de desabafares e dizeres tudo o que pensas. Que estupidez. Depois lamentas-te infinitamente desse momento, que te acabas por esquecer de um segundo para o outro, porque apesar de te achares frágil, és extremamente forte e decidido. Apenas não o demonstras a toda a gente, só a ti e a quem sabe da tua plena existência.
Mas está tudo bem. Bem, digamos que bem chega. Bem? Ahm? Ah pois, “bem”.
E por mais que queiras reagir pensas que a oportunidade ainda não chegou. “Eu sei.”, continuas a ouvir as palavras mágicas na tua mente.
Mas definitivamente não está tudo bem. Vá, és tu quem decide se segue em frente com postura ou se dá um passo em falso à retaguarda e te espalhas por completo no chão.
Prometo estar sempre aqui para ti, mesmo que não me vejas ou sintas.
 Apenas sê tu e fica mesmo bem. Prometes?

Ana Coelho

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