quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

1# - chamam-me de estranha...

-chamam-me de estranha...
porque me chamam isso? concerteza qe há alguma razão para acharem isso de mim, não é?
é, é verdade, até há várias razões para me chamarem isso . com vários significados para a palavra estranha.
sim, sou estranha, muito estranha até.
os meus pais divorciaram-se por volta dos meus bons 6 anos. acho qe foi a partir daí qe a minha personalidade começou a ficar turva. a falta qe o meu pai faz na minha vida. ninguém compreende o qe é sentir isso diariamente. é difícil sabes, muito mesmo. mesmo depois de tudo o qe me fez passar, das vezes qe me fez chorar pela falta qe fez e ainda faz na minha vida. só queria tê-lo de volta na minha vida, nem qe fosse apenas por mais um minuto *-*

as minhas atitudes são estranhas. 
-gosto de ler; gosto de estar sozinha; gosto de chorar sem motivo; gosto de recordar foto a foto, palavra a palavra, momento a momento; gosto de me vestir descontraidamente; gosto de usar bonés...
-adoraria escrever livros; adoraria conhecer os meus ídolos; adoraria voltar a amar tão sufocada-mente um rapaz e qe ele me amasse dessa mesma forma; adoraria viver noutro país, porque simplesmente não consigo imaginar como seria a minha vida por cá...
-amaria mais qe tudo "conhecer" o meu pai; amaria qe a minha amizade com o Miguel Azv. voltasse a ser o qe antes fora de forma tão perfeita; amaria voltar a amá-lo como antes e depois amar o Nuno, de uma forma tão impossível de descrever; amaria passar meses com as pessoas qe me fazem falta diariamente, estando longe ou estando sempre comigo...

sabes, a vida não é como esperamos, nunca pode vir a ser dessa forma. não há maneira de o ser.
moldamos a nossa vida, mas ela acaba sempre por se esvair por alguma ferida qe nunca chegou a ter tempo de sarar.

alguma vez me viste? já me ouviste falar alto, rir no escuro, escrever até não poder mais, descrever cada pequeno pormenor de algum momento qe passei, a cantar baixinho, a olhar fixamente para algo mas não pensando em nada, ou mesmo pensado em tudo.

e é isso qe eu sou, uma estranha, sem rumo.
mas sabes, tenho as/os melhores amigas/os qe se pode imaginar. gabo-me de os ter. são tantos os nomes, não preciso de os dizer, eles simplesmente sabem o qe são para mim.

                                                                   Ana Coelho, 17-01-1997 *



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